quarta-feira, 14 de junho de 2017

POLÍTICA - Não apurou porque não interessava.

Dallagnol não investigou esquema de Aécio em Furnas e agora pega carona no pedido de prisão feito por Janot.

 

 

 

 Por Joaquim de Carvalho



 
Dallagnol, rápido no Twitter, nem tanto para investigar esquema de Aécio

O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato em Curitiba, defendeu no Twitter a prisão de Aécio Neves.
“O afastamento objetiva proteger a sociedade. Desobedecido, a solução é prender Aécio, conforme pediu o PGR Janot”.
Dallgnol teve a oportunidade de investigar o esquema de Aécio quando o doleiro Alberto Yousseff, há três anos, contou que a irmã do senador recolhia propina na empresa Bauruense, por contratos em Furnas.
Não fez isso e, em entrevista a Ricardo Boechat, chegou a dizer que não investigava tucanos porque eles não estavam no governo — como se Fernando Henrique Cardoso não tivesse governado o Brasil entre 1º de janeiro de 1995 e 1º de janeiro de 2003.
Foi nesse período, aliás, que Aécio e Andrea consolidaram o esquema na estatal, por meio do diretor Dimas Toledo, amigo do pai deles, Aécio Cunha, que foi deputado federal e atuou fortemente no setor elétrico, inclusive presidindo comissões sobre o tema, além de ser conselheiro de Furnas durante muito tempo.
Dallagnol, ao defender a prisão de Aécio Neves, pega carona num trem que se colocou em movimento sem a ajuda dos procuradores de Curitiba, mas entretém sua legião de fãs no Twitter, que chegou a 100 mil seguidores alguns dias atrás, feito que ele comemorou.
De resto, o pedido de prisão de Aécio Neves é prerrogativa de seu chefe, Rodrigo Janot.
Vale como comentário, tanto quanto o de Casagrande sobre assuntos de futebol.
Nada além disso.

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