sexta-feira, 19 de maio de 2017

POLÍTICA - Será que hoje o JN vai implodir o Lula e a Dilma? Pelos boatos que estão circulando, sim.

Michel Temer comemorando o impeachment de Dilma Rousseff - Foto: Reprodução
Jornal GGN - Após o terremoto provocado no nome do presidente Michel Temer e do senador e até então um dos principais aliados do governo, Aécio Neves (PMDB-MG), sendo ele responsável por grandes nomeações ministeriais e de segundo escalão, a delação da JBS traria ares incomuns no contexto da Operação Lava Jato e de sua repercussão na imprensa se não atingisse nomes do PT.
É nesse cenário que, apesar do choque provocado pela notícia de que o mandatário peemedebista deu aval para a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara já preso, Eduardo Cunha (PMDB), os irmãos Wesley e Joesley Batista teriam também incriminado os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
A notícia veio à tona após as primeiras manchetes de O Globo e Estadão contra Temer e Aécio começarem a se dissolver. Já por volta das 19h desta quinta-feira (18), a revista Época foi a primeira a destacar: "JBS mantinha conta na Suíça com R$ 300 milhões em propina do PT".
Segundo o material divulgado, o próprio empresário dono da JBS, autor das delações que paralisaram o Brasil e atingiram em cheio o governo, Joesley Batista tinha uma conta secreta na Suíça controlada por ele. Mas a tal conta beneficiaria terceiros, ou melhor, o PT.
O que Joesley em tese contou à Procuradoria-Geral da República (PGR) é que a conta em seu nome na Suíça serviria para alimentar propina à sigla, como contrapartida por benefícios obtidos pela JBS junto ao BNDES nos governos do PT. Até o momento, a reportagem não esclarece se o empresário trouxe mais materiais de prova, citando apenas uma planilha que indica os montantes.
Mas na delação, o dono da JBS disse que o dinheiro era sacado no Brasil em nome do ex-presidente Lula e por ordem dele, às vezes por meio do ex-ministro Guido Mantega, e ocorreu também durante as campanhas do partido em 2010 e 2014, quando Dilma disputava.
Segundo as informações, os recursos eram entregues de três formas: em espécie, depositados em contas de terceiros (laranjas) supostamente indicados pela sigla ou por Lula, e transferidos a contas oficiais de campanhas do PT, declaradas à Justiça. Joesley disse que parte desse montante serviu para a compra de apoio de partidos pequenos durante a campanha da presidente cassada Dilma Rousseff, em 2014.
Menos de uma hora depois da publicação no site da revista Época, a coluna de Eliane Cantanhêde, no Estadão, exaltou: "JBS implode também Lula, Dilma, Renan e Serra". Segundo ela, as delações dos irmãos empresários iriam "explodir" nesta sexta-feira (19) e atingiriam "mortalmente" primeiro Lula e Dilma.
De maneira ainda mais vaga, a coluna publica que "quem teve informações sobre o material" diz que o acordo fechado pelos irmãos Batista supera os impactos das delações do ex-executivos e funcionários da empreiteira Odebrecht e que o "resultado é considerado devastador".
Cantanhêde conclui que o novo episódio esperado para esta sexta "arrasta para o fundo do poço não apenas o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves", mas "o próprio mundo político". "Esta sexta-feira será mais um novo dia para nunca ser esquecido na história brasileira", expõe confiante.

Se as delações da JBS não param em Temer e Aécio, resta saber se o que poderá vir à tona nesta sexta-feira deixará as primeiras informações de Joesley Batista diretamente contra o atual presidente da República e seu aliado tucano nas editorias de "notícia velha".

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