quarta-feira, 11 de março de 2015

MÍDIA - A mídia e a passeata golpista.

Mídia intensifica ataques visando fortalecer a passeata golpista



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Editoriais (veja nota sobre o jornal O Estado de S. Paulo), reportagens e colunistas amestrados conseguem subir ainda mais o tom raivoso contra a presidenta. Merval Pereira e Míriam Leitão ganharam chamadas na capa de O Globo. Merval; “Dizer que o panelaço foi um fracasso é patético”. Míriam: “Fala de Dilma irritou por ser a negação da realidade”. Tudo estrategicamente construído para, de um lado cevar a arrogância de uma oposição que perdeu nas urnas e tenta a vingança buscando inviabilizar politicamente o governo e de outro alimentar a fúria insana de uma parcela das camadas médias e altas. No domingo, o clássico Palmeiras e Santos, que seria disputado às 16 horas, passou para as 11 horas, para não atrapalhar a "passeata" em São Paulo. Seria o chamado "jogo da TV" que a Globo transmitiria para esse estado. Ou seja, a mudança contou com o beneplácito da emissora, se é que não partiu dela a ideia.

Querem ganhar no grito

A medida em que se aproxima o dia 15, quando haverá manifestação contra a presidenta Dilma, a mídia hegemônica intensificará a “convocação” para o ato. O jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira (10) diz que “PSDB, DEM, PPS e SD” darão suporte para os protestos. O jornal O Globo, órgão oficial do golpe, publica infográfico apontando os locais da manifestação. O depoimento de Barusco na CPI, onde basicamente ele repete o que disse na delação premiada, será explorado “ad nauseam” pelos jornais e telejornais, ocultando as partes não favoráveis ao golpe e ressaltando a parte que interessa. Hoje foi destaque a vaia que Dilma levou em São Paulo. Vejam com atenção o
vídeo divulgado pelo G1 (Globo). A grande maioria das pessoas está filmando ou simplesmente vendo o que acontece. São poucos os que vaiam mas estes se sobressaem e dominam a cena mesmo não sendo maioria. Esta é mais ou menos a tática do golpe: ganhar no grito. As reportagens registraram que um dos apupos com que brindaram a presidenta foi “vagabunda”. Chico Caruso deve estar satisfeito, tem mais um tema para sua charge.

Depoimento de Pedro Barusco – o que a mídia não dirá e perguntas que não fará

Não veremos com destaque nos jornais da mídia hegemônica a parte do depoimento onde Barusco admite não ter provas do que diz. Mas principalmente será pouco levado em consideração o seguinte fato estranho. Perguntado sobre o funcionamento do esquema de propina, que ele admitiu ter começado em 1997, ou seja, durante o governo FHC, Barusco em certo momento declara: "Em relação a esse período eu não vou dar mais detalhes por que existe uma operação em curso e eu me reservo o direito de não comentar". Ora, por que Barusco usou a operação conduzida por Sérgio Moro como argumento para não falar sobre a corrupção na Petrobras no período FHC? “Por que estou sendo investigado por conta também deste período”, diz ele. Mas então, se houve a oferta de delação premiada para a partir de 2003, por que não houve por parte da diligente e isenta equipe do juiz Sérgio Moro a mesma oferta em relação ao período de 1997 a 2002? Será que a delação tinha como exigência que ele não revelasse nada sobre isso? O prêmio pela delação só seria entregue se ele “centrasse” fogo no PT? Estas são perguntas que a mídia hegemônica não fará.

O jornal O Estado de São Paulo e a vida depois da morte

É difícil ler o jornal O Estado de S. Paulo. Primeiro você tem que vencer a repugnância causada por um forte odor de coisa putrefata que emana de suas páginas. Depois então você começa a tropeçar literalmente, em ossos. Um articulista defende que o imperador Pedro II, que reinou durante 58 anos, 57 deles sustentado politicamente por uma elite escravocrata, foi mais avançado do que Getúlio Vargas. Um editorial, intitulado “A grande mentira”, faz uma “análise” da fala presidencial do dia 8 de março, e a qualifica de “encenação mendaz”. Tem outros adjetivos também; “patético, medíocre, etc”, termos que o jornal jamais usou para se referir aos generais presidentes e que passou a usar desbragadamente desde 2003, contra Lula e agora contra Dilma. Outro editorial defende a criminalização do MST. Isto tudo e ainda não passamos da página 3 da edição desta terça-feira (10). O jornalista Paulo Henrique Amorim diz que o Estadão é um jornal “comatoso”. Creio que é necessária uma atualização do termo. É um jornal “zumbi”. Já morreu, mas ainda continua andando a procura de cérebros para comer. Mas o jornal zumbi está cada vez mais restrito às mansões e prédios de luxo de uma elite destituída da capacidade de raciocínio crítico. Ou seja, ainda existem cérebros para alimentar o Estadão, mas com poucos nutrientes. O jornal será o primeiro caso de um morto-vivo que morrerá de fome.

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