terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

POLÍTICA - E esse cara já foi do Partidão.

Ainda inconformado, tucano Goldman diz que “sobra o caminho” do golpe

O golpismo da oposição tucana, resultado do inconformismo da derrota nas urnas, ganha a cada dia novos contornos. Apesar de parte das lideranças tucanas afirmarem que não há condições jurídicas nem políticas para o impeachment – incluindo o seu presidente e candidato derrotado nas eleições presidenciais, o senador Aécio Neves –, outros tucanos discursam abertamente em defesa do golpe.

Por Dayane Santos, do Portal Vermelho


Tucano Alberto Goldman prega golpe como saída para a sua derrota nas urnas Tucano Alberto Goldman prega golpe como saída para a sua derrota nas urnas
O ex-governador de São Paulo e vice-presidente da legenda, Alberto Goldman, em artigo publicado nesta terça-feira (24) na Folha de S. Paulo, intitulado “O impedimento e o desafio da oposição”, admite que os “resultados eleitorais foram colhidos” pelas forças progressistas, mas que “isso não garante ser possível conduzir o país”.

Isso porque, segundo Goldman, a “forma como esses resultados foram obtidos impõe à presidente e ao seu partido a necessidade de se legitimar perante a maioria do Brasil produtivo”. Para o interminável inconformismo tucano, os mais de 54 milhões de votos recebidos pela presidenta Dilma Rousseff não são legítimos, pois esse povo que votou, apesar de ser a maioria, não representa o país. Só eles.

Pobreza

Passados apenas um mês e vinte e cinco dias do início do segundo mandato, Goldman diz que o governo Dilma não terá “condições para vencer a crise”. Crise essa que a presidenta já deu demonstrações de que sabe enfrentar e que tem lado: do povo brasileiro. O contrário do que os tucanos mostraram ao longo de 8 anos de mandato em que o país estava assolado na quebradeira da indústria, desemprego crescente, inflação na estratosfera, arrocho dos salários e aumento da pobreza.

Aliás, sobre os programas de inclusão que fizeram 36 milhões de brasileiros saírem da pobreza tirando o Brasil do mapa mundial da fome, pela primeira vez em sua história, Goldman disse que não passaram de “projetos de subsistência”. O tucano continua no discurso atrasado e preconceituoso de que os programas são mantidos para “garantir o controle dos seus votos”. No entanto, não cita o fato de que durante toda a campanha seu candidato Aécio Neves jurava de pés juntos que manteria os programas de inclusão que ele tanto critica.

Apesar de não apresentar uma condição política ou jurídica sequer para um pedido de impeachment contra Dilma, Goldman entra no coro defendido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de levar a cabo um golpe por meio da judicialização da política, para atender os seus interesses de tomar o poder, chegando a classificar o golpismo como uma solução “democrática”.



“Sobra o caminho legal do impedimento, que só acontecerá se o agravamento das condições econômicas e políticas persistirem a ponto de mobilizar o povo e os partidos para uma solução que, de qualquer forma, ainda que legal e democrática, não deixa de ser traumática”, disse ele.

Seu ódio e inconformismo buscam emplacar o mesmo factoide que a Veja lançou às vésperas do segundo turno e tenta imputar responsabilidades ao governo Dilma quanto ao esquema de propina iniciado no governo FHC, como confessou Barusco e outros investigados na Operação Lava Jato. No artigo, chega a chamar a presidenta Dilma de “covarde” por afirmar que, “se antes tivesse o governo FHC investigado e punido, não teríamos o que temos agora”.

Mas enquanto Goldman destila seu derrotismo eleitoral, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que foi candidato à vice-presidência na chapa de Aécio, descarta a viabilidade de um processo de impeachment, como defende Goldman. “Não vejo neste momento condições políticas para que a oposição se lance em uma campanha pelo impeachment. Isso não é nem desejável", afirmou o senador.


Ele também criticou as afirmações da presidenta Dilma sobre o engavetamento de investigações do governo FHC, dizendo que se tratava de uma tentativa de "acuar a oposição". Como diz o ditado: Quem tem, tem medo.

Desde o início de seu mandato, a presidenta Dilma tem reafirmado os compromissos assumidos durante a campanha e, mais do que isso, tem buscado construir o caminho do diálogo permanente com toda a sociedade, principalmente com os movimentos sociais, para encontrar as alternativas para o país seguir avançando nas mudanças.

Essa cantilena da oposição o povo brasileiro já conhece. O que eles querem é gerar um clima de instabilidade política e semear ingovernabilidade sob a falácia de que Dilma está cometendo “estelionato eleitoral”, quando na verdade o estelionato é cometido pela oposição com apoio da grande mídia.

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