segunda-feira, 30 de junho de 2014

POLÍTICA - O vice de Aécio não acrescenta nada.

Aécio, a época do “café-com-leite” passou faz tempo…


Fernando Brito, Tijolaço 

"O PSDB é mesmo um partido da República Velha.

Não é senão o Partido Republicano Paulista, meu deus!

A escolha de Aloysio Nunes Ferreira soma, literalmente, só uma coisa à candidatura de Aécio.

O que ela já tinha: São Paulo.

Ou seja, acrescenta zero, ou perto disso.

Michel Temer é paulista, mas é o PMDB, ou parte dele.

Nunes Ferreira é apenas uma declaração de servidão ao tucanato paulista.

Tucanato paulista, aliás, vem a ser quase um pleonasmo.

É uma declaração de amor às oligarquias locais, que de alguma forma, desde a eleição de Lula, têm de ser compor com uma política nacional de desenvolvimento, uma visão de Nação que supera a simples convivência federativa de poderes e grupos dominantes locais, embora não hesite em se aliar a eles pelo
projeto nacional que sustenta.

E, dentre todas, nada mais resistente, renitente e insolente que a oligarquia paulista, para quem a ideia de um país desenvolvido de forma equilibrada e inclusiva é a inaceitável proclamação de igualdade entre os brasileiros.

Certo que, assim como um sinal de submissão mental de Aécio – para quem, em tese, seria muito mais vantajoso eleitoralmente ter um candidato nordestino ou mesmo uma mulher, como Ellen Gracie -, esta opção marca certo temor de não “emplacar São Paulo”, embora a dupla Skaf -Kassab coloque uma cunha no conservadorismo bandeirante.

Quando Serra escolheu Índio da Costa o fez porque, afinal, Serra era São Paulo, e São Paulo não precisava de nada mais.

Agora, quando escolhe Aloysio, é o nada que vai buscar São Paulo, porque precisa, desesperadamente, dele."

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