terça-feira, 18 de dezembro de 2012

PETROBRAS - Prestação de contas do representante dos empregados no CA da Petrobras.

AEPET

PLENÁRIA DO MANDATO DE SINEDINO NO CA DA PETROBRÁS


Fonte: Redação AEPET- Julio Lobo 

A plenária de prestação de contas do mandato de Silvio Sinedino no CA(Conselho de Administração) da Petrobrás ocorrida, na 5ª feira(13/12), no Clube de Engenharia, teve o comparecimento de dezenas de pessoas interessadas no acompanhamento das discussões. Estiveram presentes a reunião representantes de várias entidades como a AEPET(Associação dos Engenheiros da Petrobrás), a FNP(Federação Nacional dos Petroleiros), a AFBNDES(Associação dos Funcionários do BNDES), a APN(Agência Petroleira de Notícias), o Jornal Estado de São Paulo, a Agência Reuters, o Sindipetro-RJ entre outras ligadas a categoria dos petroleiros e uma série de movimentos sociais. Em oito meses a frente do mandato Sinedino fez um balanço positivo da sua atuação e abriu a possibilidade de uma nova candidatura para ocupar espaço no órgão colegiado da Petrobrás.

 

O Conselheiro Silvio Sinedino, fez uma exposição inicial sobre as suas críticas ao formato das reuniões do CA da Petrobrás. Segundo ele, os encontros são muito curtos com apresentações de no máximo 20 minutos para cada conselheiro e que as reuniões não são como as da Petros que demoram no mínimo um dia inteiro A periodicidade dos encontros foi outro ponto levantado por acontecer muito espaçadamente.

 

Em outro ponto abordado por Silvio Sinedino, ele falou que a falta de concurso público por um período de dez anos na Petrobrás levou a um problema na questão da eficiência da empresa. Ele ressaltou porém, que a identidade entre os empregados e a estatal é um dos grandes trunfos em relação as outras empresas do setor. Foi questionada por Sinedino a terceirização dentro da Petrobrás que atualmente chega a mais de 300 mil trabalhadores, ou seja, é uma relação de 1 funcionário efetivo para cada 4 terceirizados.

 

Sinedino falou que em todas as ocasiões teve o mais irrestrito acesso a todas as informações que solicitou dos órgãos competentes da empresa. Inclusive, a sua denuncia em relação a Refinaria de Pasadena, no Texas, EUA, foi obtida através de uma informação do próprio setor interno da companhia. Ele disse que as negociações sobre a compra da Refinaria de Pasadena foram muito nebulosas e que a diferença entre a compra e a venda  da unidade foi clara e levantou suspeita de irregularidades. Esta decisão da empresa passou pelo Conselho de Administração e esta questão não foi esclarecida.

 

A discrepância entre os preços internacionais dos combustíveis pagos pela Petrobrás nas importações que estão cada vez mais frequentes e a cotação dos derivados de petróleo no mercado interno foi outra questão indagada por Sinedino. "Esta defasagem esta levando a um prejuízo de milhões de reais a empresa e está fazendo com que a Petrobrás se encontre em situação de endividamento e precisando recorrer a empréstimos no mercado." Uma das saídas apontadas por Sinedino é a capitalização popular da empresa para que quem compre os papéis tenha segurança no futuro da Petrobrás, sendo que este tipo de operação é diferente da utilizada vulgarmente no mercado financeiro em que o investidor quer um retorno de rentabilidade imediata.

 

Depois da apresentação foi aberto um debate com os presentes. Um dos pontos levantados foi a melhoria na comunicação e na informação para os que acompanham o mandato. A unidade dos trabalhadores foi defendida pelo representante da FUP, Abilio Tozzini, uma vez que as disputas sindicais estão criando divisões entre os petroleiros. Sinedino respondeu afirmando que sempre defendeu a união dos trabalhadores, mas respeitando as diferenças em alguns assuntos e levando a unidade na prática e não somente no discurso. O conhecimento da pauta das reuniões do Conselho de Administração da Petrobrás foi defendido pelo diretor da AEPET, Henrique Sotoma, que assim levará a uma melhor qualidade nas discussões dos assuntos tratados.

 

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