segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

ECONOMIA - A receita que mata o doente.

É incrível como os governos da Grécia, Itália, Portugal, pressionados pela UE (leia-se Alemanha), FMI, pelos banqueiros, etc, abdicaram sua soberania e insistem numa receita em que o povo tenha que pagar uma conta que não é sua.

Em vez de fazer a economia crescer, gerando empregos, rendas e receitas tributárias, etc, vão criar recessão, desemprego, miséria, etc

Viva o Lula e a Dilma que não seguiram as recomendações dos "especialistas do mercado", figuras tão queridas e presentes nos programas dos PIGS da vida, principalmente na rede Globo.

Recentemente, esses "cavaleiros do apocalipse", "cairam de pau" na Dilma,
que estaria interferindo na autonomia do BC, quando este reduziu em 0,5% os juros da taxa Selic, medida essa que revelou-se mais do que correta, e que frustou políticos de oposição, sempre torcendo pelo "quanto pior, melhor" . Frustrou também os"formadores de opinião", tipo a urubóloga Miriam Leitão, Carlos Sardenberg e outros menos votados. O pior é que estes nunca assumem que erraram suas previsões.

Agora chegou a vez da Itália.

Vejam o artigo abaixo retirado de um site portugues.


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Itália: governo tecnocrata põe plano de austeridade em marcha



Aumentos de impostos e reforma das pensões entre os "sacrifícios necessários" para uma poupança de 20 mil milhões, segundo plano apresentado pelo primeiro-ministro italiano Mario Monti. Em 2012, cada agregado familiar irá perder mil euros de poder de compra. A principal central sindical italiana alerta que o Governo está a ir na “direção errada”.

Artigo | 5 Dezembro, 2011 - 12:24



A Ministra doTrabalho, Elsa Fornero, e Mario Monti, Primeiro-ministro italiano. Foto de Claudio Onorati/EPA/LUSA.


O primeiro-ministro italiano anunciou, este domingo, um novo pacote de austeridade que inclui cortes na despesa, aumentos de impostos e uma reforma do sistema de pensões entre os "sacrifícios necessários" para "reanimar" a terceira maior economia da zona euro.

Mario Monti apresentou um novo pacote de austeridade, visando consolidar em 24 mil milhões de euros as finanças públicas italianas, de forma a atingir um orçamento equilibrado em 2013. "Ponderamos muito as questões de justiça, tivemos de distribuir alguns dos sacrifícios, mas tivemos muito trabalho para os distribuir de forma equitativa", disse Monti, citado pela Associated Press.

Os principais dirigentes políticos e os sindicatos foram recebidos por Monti antes do Conselho de Ministros. As medidas serão submetidas esta segunda-feira às duas câmaras do Parlamento, que devem aprová-las antes do Natal. Contudo, a principal central sindical, a CGIL - Confederazione Generale Italiana del Lavoro, já fez um alerta, afirmando que o Governo está a ir na “direção errada”.

Poupança de 20 mil milhões de euros

Segundo o comunicado do conselho, o plano prevê uma poupança líquida de 20 mil milhões de euros no triénio de 2012 a 2014, refletindo uma poupança bruta de 30 mil milhões, a que há que deduzir um pacote de "ajuda ao crescimento" de 10 mil milhões. O plano de Monti junta-se aos planos anteriores de Berlusconi, que já somavam um total de 54,26 mil milhões.

As principais medidas de aumento da receita em 2012 derivam de impostos e vão representar 2/3 do plano: o regresso do imposto sobre as primeiras habitações (que Berlusconi tinha suprimido) na ordem dos 0,4% do valor do imóvel (poderá render 10 mil milhões de euros, ou seja, o equivalente a todo o programa de "ajuda ao crescimento"), um imposto de 1,5% sobre o repatriamento de capitais em offshores ao abrigo do "escudo fiscal"; o aumento dos impostos sobre os bens de luxo; e o eventual aumento do IVA em 2% na taxa máxima, a partir de setembro de 2012; e o IRS deverá passar de 43% para 46% para rendimentos anuais acima de 70 mil euros.

Para lutar contra a fraude fiscal, serão proibidos todos os pagamentos em numerário acima de 1000 euros; atualmente esse limite estava em 2500 euros.

No plano dos cortes, que representarão 1/3 do plano, aumenta o limite mínimo de anos descontados para a idade de reforma (actualmente são 40) e serão congeladas as pensões (salvaguardando as pensões mais baixas), entre outras medidas, que deverão levar a uma poupança em 2012 de 5 mil milhões de euros na adminsitração pública e regiões e 2,5 mil milhões nas áreas da saúde e segurança social.
O pacote de "ajuda ao crescimento" abarca, entre outras, as seguintes medidas: deduções fiscais para empresas que criem emprego; deduções fiscais para atração de capital de risco; e a aceleração no uso dos fundos estruturais.

Apesar da referida ajuda ao crescimento, a economia deverá contrair ligeiramente em 2012 (a previsão oficial aponta para uma quebra de 0,4% a 0,5%) e continuar estagnada no ano seguinte.

Segundo os primeiros cálculos feitos por analistas italianos e citados pela imprensa internacional, este novo pacote deverá implicar a perda de 1000 euros em 2012 no poder de compra de cada agregado familiar.

Itália: entre o choro e a propaganda

Mario Monti disse também que vai abdicar do seu salário de primeiro-ministro e de ministro das Finanças.

Já a ministra italiana do Trabalho, Elsa Fornero, não conseguiu conter as lágrimas durante o anúncio das novas medidas de austeridade em Itália, numa conferência de imprensa ao lado do primeiro-ministro, Mario Monti.

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