sexta-feira, 26 de agosto de 2011

MILITARES ESTRANGEIROS NA LÍBIA.

Desde o início da guerra de ocupação da Líbia por potências imperialistas ficou claro que sem o apoio da Otan e de militares estrangeiros os rebeldes não passavam de pequenos grupos de criminosos tentando dividir o país. Recebendo financiamento e armas dos governos dos EUA, França e Inglaterra, os rebeldes receberam também um grande número de mercenários estrangeiros, na maioria levas de desempregados de países africanos.

Para permitir a sobrevivência dos rebeldes, a Otan passou a bombardear indiscriminadamente as maiores cidades da Líbia, assassinando friamente milhares de civis indefesos, destruindo a infraestrutura do país. Nem mesmo hospitais e escolas foram preservadas dos bombardeios diários da Otan em sua sanguinária guerra para roubar petróleo.

Provando mais uma vez que os rebeldes não passam de mercenários de países poderosos, a mídia ocidental divulgou a conquista de Trípoli. Entretanto, governantes de diversos países estão pedindo publicamente ao líder Muamar Kadafi que cesse os combates. Ora, se existe superioridade militar dos rebeldes e se a capital foi conquistada, por que estes governantes tem que se humilhar pedindo que a população não resista aos rebeldes?
Nesta mesma linha, para chegar a Sirte – terra natal de Kadafi – os rebeldes pediram apoio a tropas estrangeiras, assassinos profissionais britânicos e franceses das chamadas “forças especiais” se preparam para lutar em Sirte, segundo o jornal Guardian. Isto configura invasão estrangeira. É a prova definitiva de que as potências estrangeiras estão diretamente ligadas ao conflito na Líbia, e que, diante da incapacidade das forças rebeldes em dominar o território, recorrem a mercenários estrangeiros europeus.

A participação direta de forças estrangeiras na Líbia não é de hoje, informa o jornal The Guardian: “Os soldados britânicos e franceses tomaram um papel de liderança não só na orientação dos bombardeiros para abrir caminho para os combatentes da oposição, mas também no planejamento da ofensiva que finalmente quebrou o cerco de seis meses na cidade de Misrata.” A confissão foi feita por Mohammed Subka, um especialista em comunicações da brigada Watum Al.

Na tarde de quinta-feira, Subka e sua unidade esperaram na linha de frente dos rebeldes, conhecido como Quilômetro Seis, a bordo de uma coluna demercenários em picapes preto montado com metralhadoras pesadas, e alguns tanques recentemente capturado. "Estamos com a equipe de Inglaterra", disse ele ao Guardian. "Eles nos avisam e comandam."

Quilometro Seis está no deserto, onde existe apenas uma mesquita cor de areiae uma lanchonete que atende em um cruzamento de tráfego. Sirte, cidade da tribo de Kadafi, está a 80 milhas de distância.

O avanço sobre a cidade não poderia começar até que as unidades recebessem ordens dos britânicos e franceses. Subka disse, após abrir o seu laptop fornecido pela Otan que as posições de artilharia que ameaçavam a rota estavam sendo monitoradas por satélites espiões da Inglaterra e França. "Não se preocupe com essas unidades - são preocupação da Otan", disse ele. Em outras palavras, a Otan estava encarregada de bombardeá-las para facilitar o deslocamento dos rebeldes.

O canal de televisão al-Orouba informou que a cidade de Sirte sendo bombardeada por aviões da Otan, mas a mídia ocidental não publicou uma palavra ou linha sobre novos massacres de milhares de civis indefesos.

Militares nas linhas de defesa confirmaram ao Guardian que diversas tropas estrangeiras - da Inglaterra, França, Catar e outros países da Europa Oriental – desembarcaram em Misrata por várias semanas,em uma base militar instalada na entrada da cidade.

Os rebeldes reclamavam que não havia contato com as aeronaves da Otan, que bombardeavam inclusive grupos de rebeldes. O problema foi solucionado com a presença de Subka, um agente da CIA infiltrado no aeroporto de Trípoli, onde trabalhou como atendente de aeronaves meses antes do início dos ataques, demonstrando que havia um planejamento estratégico de alguns anos para a guerra atual.

Segundo Subka, a equipe da Otan também ajudou a planejar a fuga dos rebeldes, duas semanas atrás, quando militares fiéis a Kadafi recuperaram o controle da cidade de Tawarga.

Comandantes rebeldes preferem evitar um ataque terrestre a Sirte, esperando persuadir os apoiadores de Kadafi a depor as armas sem lutar. Mas a Otan deflagrou uma série a Sirte usando mísseis Scud.

Carniceiros britânicos da SAS

Atualmente são estimados em 200 o número de os soldados das forças especiais britânicas SAS atuando na Líbia, mas o tamanho do contingente será ampliado nos próximos dias devido a resistência em Trípoli e ao apoio que Kadafi está recebendo de diversas tribos do deserto.

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