sábado, 26 de março de 2011

ECONOMIA - A reação contra o neoliberalismo inglês.

Os trabalhadores ingleses se recusam a pagar a conta dos desmandos dos banqueiros como está acontecendo tb em Portugal. A receita do FMI todos conhecem como tb suas consequências para a classe trabalhadora.Felizmente o Brasil não seguiu essa receita em 2008. Os trabalhadores americanos tb estão acordando. Obama deu aos banqueiros causadores da crise, bilhões de dólares para eles continuarem especulando e usando ferramentas como os derivativos para operações de alto risco, e o pior, continuando pagando milhões de dólares de bônus e esses operadores ganaciosos e irresponsáveis. Espero que isso sirva de exemplo a outros trabalhadores que estão sendo chamados a pagar a conta desse capitalismo financeiro selvagem exponenciado pela globalização e pelo neoliberalismo. Basta ver a violenta especulação que está ocorrendo com as commodities. O número de contratos negociados em bolsa mostra o tamanho da especulação que vem elevando os preços dos alimentos em todo o mundo. Se o Lula tivesse seguido os conselhos das Mirians Leitão da vida o nosso país não teria enfrentado a crise de 2008 com o sucesso que teve. Ele teve a coragem de fazer tudo ao contrário do que os defensores do "Deus mercado" e do neoliberalismo preconizavam.
A seguir o artigo de Michael Holden.

Blog de luisnassif

Por Antonio Carlos Silva

O que me preocupa é o como estes países semi-falidos encararão a derrocada final .
Será que essas potencias atômicas cairão atirando ?

Manifestantes e polícia entram em choque por cortes em Londres.

Por Michael Holden

LONDRES (Reuters) - Manifestantes entraram em confronto com a polícia e quebraram janelas no centro de Londres neste sábado, em meio à marcha de dezenas de milhares de britânicos contra os cortes pelo plano de austeridade do governo.

Grupos vestidos de preto e usando máscaras atearam fogo e jogaram granadas, além de invadirem uma agência do banco HSBC no centro da capital.
Policiais foram alvejados com tintas e lâmpadas preenchidas com amônia, segundo eles, lançadas por manifestantes que se separaram do protesto. A manifestação foi convocada pelos sindicatos visando protestar contra os cortes de gastos públicos, aumento do desemprego, de impostos e a reforma previdenciária.
Os manifestantes também quebraram janelas em um restaurante da rede McDonald's e de uma outra loja e outro banco.

Os líderes sindicais disseram que bem mais que 250 mil pessoas insatisfeitas com as políticas econômicas do governo se reuniram no que foi anunciado como o maior protesto na capital desde as manifestações contra a guerra no Iraque, em 2003.

Cerca de 4.500 policiais, alguns usando capacetes, estavam de plantão junto com centenas de sindicalistas treinados.
A coalizão liderada pelos conservadores está avançando em um programa de redução de despesas para virtualmente eliminar o déficit orçamentário, atualmente em cerca de 10 por cento do PIB (Produto Interno Bruto), até 2015, para proteger o grau de investimento da Grã-Bretanha, que é AAA.
Sindicatos e o Partido Trabalhista, de oposição, diz que as medidas são amplas demais e muito abruptas e estão levando miséria a milhões de britânicos em um momento no qual o desemprego está em seu mais alto grau desde 1994.
O líder trabalhista Ed Miliband disse aos manifestantes no Hyde Park que eles seguem os passos das sufragistas, movimento norte-americano de direitos civis e o movimento contra o apartheid.
"Nossa luta é a luta para preservar, proteger e defender o melhor dos serviços que nós amamos, porque eles representam o melhor do país que amamos", disse ele.
Muitos países europeus registraram protestos em massa nos últimos meses, conforme os governos reduzem os gastos públicos para tentar fazer com que suas economias se recuperem da crise financeira global.
O governo diz que está limpando a bagunça deixada pelo Partido Trabalhista e que uma atitude omissa deixaria a Grã-Bretanha exposta à turbulência do mercado.
O jornalista aposentado Karl Dallas, de 80 anos, afirmou que levantou às 5h30 (horário local) em Bradford, norte da Inglaterra, para viajar até a capital com o objetivo de participar da marcha.
"Os cortes são totalmente desnecessários", disse ele à Reuters.
"A Inglaterra teve o pior déficit após a Segunda Guerra Mundial, nós criamos o Serviço Nacional de Saúde, nacionalizamos as ferrovias e as minas de carvão, lançamos as bases do Estado de bem-estar social. Agora eles estão destruindo isso. É uma questão política, não econômica."

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