quarta-feira, 2 de junho de 2010

ECONOMIA - Sem medo de crescer.

Lula: sem medo de crescer "Aprendemos que é gostoso crescer 4%, 5%, 6% ao ano...

Image"Nós aprendemos a gostar da estabilidade, do controle da inflação, e da distribuição de renda. Acabamos com o PIB potencial, que era uma imbecilidade de economista, de que o país não podia crescer mais de 3%. Aprendemos que é gostoso crescer 4%, 5%, 6% (ao ano). Não queremos crescer demais porque não queremos ser sanfona - vai a 10% e volta. Queremos crescimento sustentável que dure 10 anos, 15 anos". A análise é do presidente Lula, feita em evento na fábrica de pneus Michelin, no Rio.

Muito bom o enquadramento, um "chega pra lá" que ele dá nos defensores da tese do PIB potencial - muitos deles encastelados no nosso Banco Central (BC); nos que, alinhados na oposição espalham pânico, terror mesmo, na defesa de índices menores de crescimento econômico; e naqueles economistas que só pensam em limitar índices e não querem que o país cresça nem a niveis compatíveis com a sua capacidade - teoria classificada pelo presidente como uma "imbecilidade".

O presidente Lula está coberto de razão, também, quando volta a responsabilizar os países desenvolvidos pela crise econômica. "Se o mundo desenvolvido vivia nos dando lição de moral, devia agora, com humildade, vir aprender a fazer política econômica, combinar controle de inflação com distribuição de renda", destacou o chefe do governo, com a autoridade de quem adotou as medidas anticrise necessárias e adequadas que levaram o Brasil, último a entrar na crise, a ser o primeiro a sair dela já no início do segundo trimestre do ano passado.

Esforço conjugado do governo levou a superação da crise

O Brasil não teria obtido êxito se paralelamente à implementação dessas medidas não tivessem sido mantidos os investimentos públicos via Orçamento da União; os programas sociais - com destaque para o Bolsa Família; os aumentos reais do salário mínimo e dos benefícios da Previdência; e as políticas de governo de ampliação do emprego e distribuição de renda.

Tampouco teríamos saído do sufoco da crise se os bancos públicos - o BNDES à frente - não tivessem desempenhado o seu papel a contento. Nos oito anos do atual governo, como bem lembrou o presidente, o volume de crédito cresceu cinco vezes, começando pela elevação (o dobro) do destinado à agricultura familiar.

Superado o pior, o presidente tem autoridade para fazer essas considerações, principalmente porque tocou todas essas medidas enfrentando cerrada oposição dos tucanos e cia que não tiveram nem a compreensão da gravidade do momento que o país vivia e nem capacidade de avaliar o alcance das providências adotadas.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Fonte: Blog do Zé Direceu

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