domingo, 28 de fevereiro de 2010

POLÍTICA - Quem foi o mandante?

Do blog OS AMIGOS DO PRESIDENTE LULA.

Quem foi o mandante?

Quando há um assassinato encomendado a pistoleiros profissionais, sempre há um mandante.

Quando aparece uma "reporcagem" de capa como a feita pela revista IstoÉ, há o cheiro de coisa plantada por alguém. Na analogia com a pistolagem, seria a figura do mandante.

A "reporcagem" foi tão manipulada que foi desmentida até pelo Procurador da República que a revista aponta como autor da denúncia.

Aí fica a pergunta: quem foi a "fonte" que plantou isso na revista? Quem foi o "mandante"?

A revista IstoÉ tem dado apoio a Aécio Neves ultimamente, a ponto de tentar contrabandear a popularidade de Lula para Aécio, em dezembro do ano passado, colocando Aécio ao lado de Lula, escolhido pela revista como "O brasileiro do ano".

A "reporcagem" foi focada contra Fernando Pimentel, do PT mineiro que mais tira votos de Aécio. Daí uma linha das suspeitas apontar para o tucanato mineiro.

Agrava-se o fato de que, na mesma semana, a justiça acatou a denúncia de mensalão tucano (de Eduardo Azeredo) contra os envolvidos que não tem foro privilegiado.

Neste contexto, seria uma tentativa de desviar o assunto do mensalão tucano para o outro mensalão de Roberto Jefferson, evitando desgastes para o grupo demo-tucano mineiro de Aécio Neves.

Por outro lado, é questionável se haveria de fato interesse de Aécio em elevar a temperatura da disputa eleitoral mineira.

Fazendo uma campanha na base do Aecinho "paz e amor" ele teria melhores chances, do que uma campanha radical, na base do denuncismo, inflamando a militância petista. Aécio tem mais a perder do que a ganhar, porque tem um enorme telhado de vidro abafado pela imprensa amiga dele, enquanto o PT já sofreu todo tipo de exacreção pública, desde 2005.

Além disso, a "reporcagem" joga o PTB no caldeirão de denúncias por uso de notas frias, e o PTB em Minas decidiu apoiar o candidato de Aécio.

Apesar de não ser todo descartável a "fonte" vir de aecistas, as suspeitas mais prováveis voltam-se para São Paulo, numa típica operação maquiavélica de José Serra e FHC.

Seria uma tentativa de causar uma ruptura da política de "boa vizinhança" de Aécio com seus adversários do PT mineiro. O objetivo seria jogar gasolina na fogueira, para o PT reagir aos ataques a Pimentel e abrir fogo contra Aécio nas eleições regionais. Aécio, acuado, precisaria "chamar a cavalaria" paulista para ajudá-lo a fazer o sucessor, e aí, em contrapartida, se engajaria de fato na campanha presidencial de Serra (sendo ou não vice).

Outra hipótese seria a mera tentativa desesperada dos serristas, de atirarem para tudo quanto é lado em busca de algum escândalo que "pegue". Pimentel seria apenas "boi de piranha", para atingir Lula e Dilma. Se colar, colou. Senão, a semana que vem tentam outro factóide, outra "reporcagem". Daí incluírem o nome de Roberto Jefferson no meio, já que foi um dos ícones do chamado "mensalão", e tem mais apelo de marketing.

Por fim há uma fila de políticos e empresários demo-tucanos, desesperados para colocarem a mão nos cofres públicos de novo, e para cercearem as investigações da Polícia Federal, mediante contingenciamento de verbas que atrasem as investigações, deslocamento de pessoal para outras tarefas, etc. Por isso farão tudo para eleger Serra (ou o substituto dele), contra a eleição de Dilma. Para muitos, é questão de sobrevivência, para não ir para a cadeia, nem ter seus bens, conseguidos na base da corrupção, retomados para os cofres públicos.

Tudo isso são suspeitas, mas é impossível deixar a curiosidade de lado em saber quem é o mandante.

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