quarta-feira, 26 de agosto de 2009

MEIO AMBIENTE - Amazônia e Pantanal livres da cana-de-açucar.

Por decisão do governo, o novo zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar não permitirá a extensão da produção dessas lavouras nas áreas da Amazônia e do Pantanal. Assim, mais de 81% do território nacional serão bloqueados para a produção de cana. As novas regras sobre o plantio devem ser divulgadas até meados de setembro e valerão somente para as futuras áreas de expansão do plantio. Terras já cultivadas na região do bioma Amazônia e do Pantanal não serão bloqueadas.

A notícia é de Amazonina.org.br, 25-08-2009.

Segundo informações do portal G1, um dos participantes da reunião que contou com os ministros da Agricultura, Reinold Stephanes, e do Meio Ambiente, Carlos Minc, com o presidente Lula disse que os envolvidos superaram as divergências sobre a ampliação da área permitida para receber o plantio de cana no país. O objetivo do zoneamento é apontar as áreas em que a produção da cana poderá ser expandida até 2017.

Pelas contas do governo, cerca de oito milhões de hectares do território nacional são usados para plantar cana, o que daria pouco menos de 1% do total da área plantada no país. O governo pretende que a produção de cana dobre nos próximos anos. Por isso, está realizando esse zoneamento agroecológico para permitir a ampliação da área plantada, que poderá crescer em até sete milhões de hectares nos próximos oito anos.

O que motivava a briga entre agricultura e meio ambiente era a liberação de produção de cana-de-açúcar na Bacia do Alto Paraguai, no Mato Grosso. Stephanes defendia o zoneamento que preservaria o Pantanal e a Amazônia, mas em troca queria que a região do Alto Paraguai fosse excetuada pelo seu potencial produtivo.

A Amazônia ficou de fora do zoneamento para que o Brasil consiga manter um discurso ambiental forte na defesa da ampliação da produção de etanol, o que abriria portas para exportação do combustível brasileiro. Outra razão é que não havia necessidade de usar parte do bioma Pantanal na extensão da produção, já que os sete milhões de hectares disponíveis em outras áreas já são suficientes para dobrar a produção até 2017.
Fonte:IHU

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