quinta-feira, 30 de outubro de 2008

CÚPULA ÍBERO-AMERICANA 2008.

Críticas ao neoliberalismo marcam abertura da Cúpula

Está aberta a Cúpula. Os chefes de estado e governo dos países ibero-americanos, ou seus representantes, foram recebidos por milhares de alunos e alunas que trajavam uniformes brancos e azuis - as cores do país anfitrião – e portaram as bandeiras dos 22 países participantes. A cerimônia começou às 18h30 (horário local), logo após a chegada da rainha Sofia, da Espanha.

O discurso mais aplaudido da noite foi o de Michelle Bachelet.

Gerahrd Dilger/Especial para Terra Magazine

O Rei Juan Carlos (Espanha) e Michelle Bachelet (Chile)

“O que há por trás de uma crise financeira é o esgotamento de uma aplicação dogmática de um modelo baseado na desregulamentação e no abandono do que é público”, disse a presidente do Chile.

Gerahrd Dilger/Especial para Terra Magazine

Martín Torrijos (Panamá) e Alan García (Peru)

“O esgotamento de um modelo que sobrepõe o interesse individual sobre o interesse da sociedade”

Gerahrd Dilger/Especial para Terra Magazine

Felipe Calderón (México), Álvaro Colom (Guatemala) e Óscar Arias (Costa Rica)

“(o esgotamento do) modelo daqueles que não acreditam no papel regulador do Estado para garantir o interesse geral e promover a igualdade”.

Gerahrd Dilger/Especial para Terra Magazine

O uruguaio Enrique Iglesias (secretário-geral ibero-americano) e José Luís Zapatero (Espanha)

Ban Ki-Moon, secretário-geral da ONU, mandou uma mensagem de vídeo felicitando os sete países que já ratificaram a Convenção Ibero-Americana dos Direitos da Juventude, de 2005 (Bolívia, Costa Rica, Equador, Espanha, Honduras, República Dominicana e Uruguai). “Este é um instrumento sem precedentes a nível mundial”, disse Ban Ki-Moon. “Espero que esta cúpula sirva de incentivo aos países que ainda não ratificaram”.

Gerahrd Dilger/Especial para Terra Magazine

Depois dos discursos, houve um show musical, iniciado pela Orquestra Sinfônica Juvenil. Quando subiu ao palco o cantor mexicano Alejandro Fernández, o anfiteatro estalou com gritos entusiasmados das jovens salvadorenhas. Fernández cantou “El Carbonero” e “Granada”. Ainda quebrou o protocolo, indo abraçar a rainha Sofia.

Gerhard Dilger/Especial para Terra Magazine

O cantor Alejandro Fernández, que revelou ter almoçado na casa do presidente salvadorenho, Elías Antonio Saca

Ao mesmo tempo, Evo Morales chegou a El Salvador. “O capitalismo não é a melhor forma para levar adiante o país, e os países podem trocar de modelo”, declarou o presidente boliviano.

Ao ser questionado sobre a ingerência da Bolívia e da Venezuela (do presidente Hugo Chávez) na política salvadorenha, respondeu: “Cada passo que damos, cada palavra que expressamos é política. Somos políticos, e se tiver que haver ajuda a algum partido, algum movimento revolucionário, estamos aqui para ajudá-los, com sinceridade, porque trata-se de fazer transformações profundas, não apenas em nossos países, senão que em todo o continente”.

Horas antes, alguns dos meios de El Salvador tinham insistido que o presidente venezuelano chegaria de última hora, citando “fontes da organização”.
Fonte:Terra Magazine.

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