quarta-feira, 30 de julho de 2008

REFLEXÕES DE FIDEL - Fidel destaca qualidades de Chaves.

Fidel Castro destaca qualidades de Hugo Chávez

Havana, 29 jul (Prensa Latina) O líder da Revolução cubana, Fidel Castro destacou a figura do presidente venezuelano, Hugo Chávez, cujo programa de investimentos qualificou de impressionante.

"Talvez nunca se prestou uma maior atenção aos desejos e as necessidades mais sentidas das pessoas. Já se percebem alguns frutos", assinala Fidel Castro num artigo titulado "A mensagem de Chávez", especial para a publicação digital Cubadebate, no qual se refere ao recente périplo europeu do governante venezuelano.

"Regressou na sexta-feira de sua viagem à Europa. A realizou em apenas quatro dias. Voando para o Oeste, chegou às 11 da noite a Caracas, quando no ponto de partida, Madri, estava amanhecendo. Telefonaram cedo da Venezuela no sábado. Comunicaram-me que desejava conversar por telefone nesse dia. Respondi que seria às 1 e 45 da tarde", aponta.

"Chávez -acrescenta- estava sereno, reflexivo e satisfeito com o giro. Trocamos opiniões sobre preços de alimentos, petróleo e matérias primas, investimentos requeridos, desvalorização do dólar, inflação, recessão, roubo e saque imperialistas, erros do adversário, riscos de guerra nuclear, problemas insolúveis do sistema e outros que não requerem de segredo algum. Ainda assim, só por exceção uso essa via de comunicação".

"Compartilhamos detalhes e notícias. Não disse uma palavra da excelente mensagem que tinha escrito com motivo do 26 de Julio, no qual analisa minha denúncia sobre “A estratégia de Maquiavel”. O recebi na noite desse mesmo sábado. Em Chávez reencarnaram as idéias de Bolívar, só que o intercâmbio que realizamos durante uma hora, nos tempos do Libertador teria demorado meses, e seu percurso de 4 dias pela Europa, ao menos 2 anos", expressa.

A Prensa Latina transmite a seguir o texto na íntegra:

Reflexões do companheiro Fidel

A Mensagem de Chávez

Tomado de Cubadebate

Regressou na sexta-feira de sua viagem à Europa. A realizou em apenas quatro dias. Voando para o Oeste, chegou às 11 da noite a Caracas, quando no ponto de partida, Madri, estava amanhecendo. Telefonaram cedo da Venezuela no sábado. Comunicaram-me que desejava conversar por telefone nesse dia. Respondi que seria às 1 e 45 da tarde.

Tive tempo para anotar mais de 25 pontos dos quais podem ser tratados através de uma linha telefônica internacional quando se sabe que o inimigo escuta, alguns dos quais tinham sido abordados pelo próprio Presidente venezuelano na imprensa.

Chávez estava sereno, reflexivo e satisfeito com o giro. Trocamos opiniões sobre preços de alimentos, petróleo e matérias primas, investimentos requeridos, desvalorização do dólar, inflação, recessão, roubo e saque imperialistas, erros do adversário, riscos de guerra nuclear, problemas insolúveis do sistema e outros que não requerem de segredo algum. Ainda assim, só por exceção uso essa via de comunicação.

Compartilhamos detalhes e notícias. Não disse uma palavra da excelente mensagem que havia escrito com motivo do 26 de Julio, no qual analisa minha denúncia sobre "A estratégia de Maquiavel". O recebi na noite desse mesmo sábado. Em Chávez reencarnaram as idéias de Bolívar, só que o intercâmbio que realizamos durante uma hora, nos tempos do Libertador teria demorado meses, e seu percurso de 4 dias pela Europa, ao menos 2 anos.

Ontem o escutei no Aló, Presidente. Seu programa de investimentos é impressionante. Talvez nunca se prestou uma maior atenção aos desejos e as necessidades mais sentidas das pessoas. Já se percebem alguns frutos.

Quando pela noite liguei o televisor, Chávez estava submerso no público que alentava à equipe feminina de softball no jogo final de uma copa contra Cuba. Ganharam as atletas venezuelanas, uma a zero. E para o cúmulo, sem hit nem carreira. À jovem pitcher da Venezuela, uma moça graciosa,quase lhe saíam os olhos quando após o último out tomou consciência de sua proeza. No meio da jubilosa equipe que pulava dentro da quadra e próximo do box, estava Chávez distribuindo abraços e beijos. Se não fôssemos internacionalistas, nos haveríamos deprimido. Após pensá-lo alguns segundos, alegrei-me por ele e pela Venezuela. Que bárbaro! Como pode resistir tanto esforço?

Hoje é seu aniversário. Raúl e eu lhe enviamos um quadro do Che emergindo da terra, tal como o viu um pintor da província mais ocidental de Cuba. Realmente impacta.

Farei-lhe chegar cedo esta reflexão.

Fidel Castro Ruz

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